Mais de 12 milhões de brasileiros vivem em favelas.
Isso significa que juntando os moradores das favelas, formaríamos o 5º maior estado do país.
Se compararmos o dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios/ IBGE sobre média de idade, veremos que no Brasil é 33,1 anos e nas favelas 29,1 anos. Ou seja, comparadas com a média nacional, as comunidades têm um perfil etário geral 4 anos mais jovem.
Sobre a classe C, 53% das população população brasileira, ou seja, 104 milhões de pessoas fazem parte da nova classe média. 75% das pessoas que ascenderam na última década são negras. Se a nova classe média fosse um país, seria o 12º país do mundo em população e 18º país do mundo em consumo.
RESUMINDO: A classe média estaria no G20 do consumo mundial, pois consome R$1,17 trilhão por ano.
EMPREENDEDORISMO
Empreender é o desejo de 40% dos 12,3 milhões de moradores das favelas brasileiras, de acordo com a pesquisa do Data Favela. O maior que a média brasileira. No país, 23% querem ser donos de empresas.
Entre os moradores de favelas que querem ter o próprio negócio, 55% pretendem abrir em até três anos. A maior parte (35%) deseja investir no ramo de alimentação.
Quanto à localização, 63% querem empreender dentro da favela onde vivem. Já 19% têm a intenção de abrir empresa fora da comunidade, mas em um bairro próximo, e 15% querem o negócio fora da comunidade, em um bairro mais distante.
Em geral, esse público empreendedor é mulher, negro e jovens: 51% dessas pessoas são mulheres e 49% são homens. 73% são negros ou pardos e 32% têm entre 14 e 24 anos.
NOVAS INICIATIVAS E VELHOS PROBLEMAS
Os jovens das periferias fazem parte do grupo de maior peso na população brasileira e um dos mais relevantes para o mercado de consumo. Eles correspondem a cerca de 24 milhões de brasileiros (16,8%), de acordo com o estudo Mosaic Brasil, da Serasa Experian.
Isso significa que jovens, em sua maioria negros, passaram a consumir e frequentar lugares que eram negados (e até hoje são) e restritos à uma camada da população. Entretanto, por mais ascensão e poder de consumo que a população negra e das favelas tenham, ainda encaram velhos problemas sociais e a Pesquisa Nacional sobre o Perfil dos Afroempreendedores do Brasil, revela isso.
53,9% dos afroempreendedores revelam que sofreram racismo ao lidar com clientes, fornecedores e agentes do Estado.
Não é a toa que a classe média tradicional acredita que:
Esses dados mostram que ascensão social não significa que estaremos imune ao racismo. Dinheiro não embranquece ninguém e a nova classe média é a prova disso.
E agora, quais serão os próximos passos?