Audiência não é relevância. Número não é tudo!

No dia 30 de junho, o  youtuber Júlio Cocielo fez um comentário racista sobre o jogador Kylian Mbappé, da França.

Provavelmente se fosse um jogador branco, o comentário seria diferente, considerando que o imaginário da sociedade está viciado em associar pessoas negras a roubo, gambiarras, sujeiras e afins.

Mas esse comentário de Cocielo não foi de uma hora pra outra. Há 5 anos eles já vinha fazendo isso:

Tata Estaniecki, blogueira e companheira de Cocielo, também foi racista no Baile da Vogue 2018, ao usar como fantasia a máscara de flandres, principal objeto de tortura para negros escravizados.

Em uma sociedade com 100% de vigilância em tempo real, como as marcas  “amigas da diversidade” cometem um erro tão grande ao escolher os influenciadores errados para reverberar suas ações?

Adidas e Coca Cola são algumas que financiam Cocielo, provavelmente pela quantidade de seguidores que ele tem (11.2 milhões no Instagram).  Ou seja, o grande erro das marcas: Financiar apenas pela quantidade de seguidores nas redes sociais.
Recentemente a Adidas fez uma coleção celebrando a diversidade sexual e o orgulho LGBT.  A mesma marca que financia uma pessoa que diz ..
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Em outras palavras, o erro das marcas da “diversidade” está em acreditar que espalhar a mensagem com influenciadores com mais de 1 milhão de seguidores dará certo. Esquecem de cuidar de toda cadeira de atuação. Desde contratação de funcionários e equipe interna até o resultado final que é a publicidade. Sem contar que as campanhas, influenciadores e afins devem refletir os valores da marca.
Se uma marca contrata um influenciador e calcula seu Retorno Sobre Investimento (ROI) apenas pelo número de seguidores, está assinando seu contrato de má uso de estratégia de comunicação e atestado de boicote.
Imagina quanto a Adidas e CocaCola perderam em ROI com um único tweet de apenas 47 caracteres? Não precisou de 11.2 milhões de seguidores para ter uma queda brutal de investimento. 
Nenhuma marca será genuína quando a sua escolha pautada na audiência vem antes da relevância e valor agregado para sua ação.

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