Fico só observando o quanto o empoderamento de algumas pessoas vão até a segunda página. São textões, gritos, berros e afins sobre a estrutura racista e esquecem que algumas práticas, estão contribuindo para manutenção dessa sociedade que tanto criticam.
Acabei de ler o texto “Encontre sua própria marca e pare de copiar o coleguinha“, de Daniela Gomes, e só li verdades e cheguei a seguinte conclusão:
As pessoas que mais copiam suas criações te acompanham nas redes sociais e fora delas, mas não interagem com você. Elas nunca vão te parabenizar publicamente. Apenas no inbox e olhe lá. E como você sabe que elas te acompanham? Elas visualizam nosso instagram stories , mais conhecido como snapgram.
Sempre ouço: o inimigo é outro! Sim, eu sei. Mas há quem contribua com o inimigo, não é mesmo?!
Parafraseando Ana Fontes..
Existem 100 empreendimentos sobre o mesmo produto/serviço e você quer criar o 101 se achando genial.
Qual o problema disso? Talvez nenhum, tirando a parte da ética e das contradições da sua militância. Mas, infelizmente é isso que tem acontecido a olho nú. Até porque a dinâmica é a seguinte:
Se fulano está ganhando visibilidade e dinheiro com isso, eu também quero.
Vamos fazer um teste se você faz parte da marca do “Eu Também..”
- Você queria criar uma marca de roupa, mas estava sem criatividade. Viu uma estampa interessante e achou interessante fazer igual para sua marca?
- Queria criar algo sobre empoderamento e viu alguma organização/coletivo fazendo ações que você também sabia realizar, então começou a realizar igual, só que outro nome?
- Você viu os parceiros do coleguinha e foi atrás na mesma hora para tentar fechar as mesmas parcerias?
Se você respondeu no mínimo duas vezes SIM, você é a marca do “Eu Também…”
Reinventar o nosso trabalho a cada cópia cansa e, enquanto comunidade negra, a gente nunca cresce. O que adianta dizer que nosso inimigo é outro, se você contribui com ele e não nos deixa crescer?
Não conseguiremos dá conta das xerox das nossas criações, mas espero que vocês parem. Sua luta anti-racista não adianta quando você troca a admiração e comemoração de um irmão/irmã preto/a por inveja a base de cópias.
Sim , inveja. Precisamos colocar o nome certo nas coisas. É inveja.
Ninguém cresce nesse jogo, e muito menos você.
Referência não é cópia
Nem status:
Disponível por tempo indeterminado.
Aproveitem e leiam:
http://moniqueevelle.com.br/blog/3-erros-que-os-empreendedores-cometem-quando-estao-comecando/