A busca pelo pente perfeito

O problema começou quando esqueci o pente de cabelo em casa. Inventei de viajar sem meu pente (com dentes largos). E então começou a busca incansável pelo pente perfeito.

Fui procurar o pente de cabelo pelas lojas de Maceió. Sabe o que é rodar feito barata tonta? Pois é, fui eu. Rodei em lojas, armarinhos, super mercados … em tudo. Só tinha pentes finos e extra finos para cabelos lisos/alisados/chapinha/escova.

Apelei até nos salões de beleza. E o engraçado – só que não – foi quando um cabeleireiro falou que iria resolver meu problema. Fiquei feliz por alguns segundos até ele dizer: “Eu faço uma escova ou chapinha no seu cabelo e você compra um pente fino. Pronto, problema resolvido!” Eu ri para não chorar, mas a única solução que me deram foi essa.

Continuei na luta e nada. Desesperei e gritei: Como ninguém pensa em pentes para cabelos crespos? Pois é né. Só observar nas campanhas publicitárias. A indústria da beleza dita o tipo certo de cabelo. O tipo “aceitável” de beleza e assim vai.

Um dia desses registrei um outdoor com a frase “Cabelo crespo tem solução!” A solução eu já sabia né. Foi a mesma que o cabeleireiro me disse. As pessoas não enxergam e não entendem que racismo está todo trabalhado na chapinha. Quem tem cabelos crespos que faça sua chapinha e compre seu pente fino #sqn.

Indico o texto Em terra de chapinha, quem tem cabelos crespos é rainha? , de Jarid Arraes.

 

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