Seminário Mídia e Direitos Humanos

Hoje participei do Seminário Mídia e Direitos Humanos promovido pela ONG Cipó Comunicação Interativa, pelo O Centro de Comunicação, Democracia e Cidadania (CCDC) da Faculdade de Comunicação (Facom) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e pelo Intervozes.

O evento foi realizado no Colégio Estadual Dalva Matos,  no subúrbio de Salvador, com os alunos do ensino médio. Dando inicio as atividades, o professor Jeovandro, da Faculdade de Comunicação da UFBA, destacou a influência da mídia no cotidiano das pessoas.  “Os meios de comunicação segregam as pessoas. Como eu posso representar o outro nos meios de comunicação sem preconceito?”, disse.

A estudante Jaiana dos Santos, 15, manifestou indignação com que é transmitido nos programas policialescos. “A comunicação é um perigo para sociedade. A TV só passa coisas ruins sobre a favela, mas não é bem assim.” Paulo Vitor, do Intervozes, questionou o público. “Assistimos os programas policialescos, sensacionalistas por que queremos ou por que é o que tem?”. Logo em seguida, Paulo Vitor trouxe um exemplo de uma emissora de televisão que tinha um programa o qual violava os direitos humanos de homossexuais. Esse programa saiu do ar por 30 dias. Nesse período foram exibidos programas educativos e voltados a promoção da dignidade da pessoa humana. O resultado foi que a audiência triplicou. Isso significa que assistimos esses programas porque é o que tem.

A comunicação apesar de ser um direito, sempre foi tratada como negócio. Onde tem negócio, onde tem mercadoria há desigualdade. E por isso, os estudantes sugeriram que para exaltar a beleza e a cultura das periferias de Salvador, é necessário que os movimentos sociais e a sociedade civil unam forças para valorizar as mídias alternativas já existentes.

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